domingo, fevereiro 07, 2010

Lágrimas e Letras

Hoje pela manhã assisti a alguns lances protagonizados por Robinho, do futebol de salão, aos sete anos, até jogadas memoráveis na seleção brasileira e no Santos(!). Confesso, com alguma vergonha, que me emocionei a ponto da lágrima dançar na borda das pálpebras.
Apesar do comportamento muitas vezes antipático do atacante – extremamente marrento – como torcedor do Santos que sou, tenho uma dívida com ele: títulos, jogadas de mestre, a volta do orgulho de torcer para o alvinegro praiano, pedaladas, tormento para corintianos, várias exibições de gala.
Claro que todo santista, todo corintiano, todo brasileiro sabe do que Robinho é capaz, mas nos últimos anos estávamos acostumados a ver notícias nada agradáveis sobre o jogador, que de futuro melhor do mundo estava passando para a pródiga categoria das promessas não cumpridas no futebol – vão de jogadores que despontam para o anonimato ao estádio do Corinthians. Robinho brigou em todos os clubes por que passou, badalou, mascarou-se: pedalava, pedalava e caminhava para morrer na praia.
O craque – alguém duvida que ele seja um craque? – resolveu voltar para o Santos(!) porque, segundo ele mesmo, estava muito infeliz dentro de campo e precisava estar “em casa” para voltar a dar show.
O atacante estreou hoje. Começou no banco e quando entrou deixou bem claro que estava fora de forma, lento, sem ritmo. A decepção pairava e eu já me preparava para ouvir provocações sobre o desempenho do jogador – “o triatleta: corre, pedala e... nada!
Numa jogada com Neymar (com quem eu já não contava mais e que agora me enche os olhos a cada partida), mostrou que estava de volta mesmo. Num lance altamente técnico, de letra (de letra!), Robinho fez um golaço, num clássico contra o São Paulo, em um dos goleiros mais importantes da história do futebol mundial, um “tal” de Rogério Ceni. Acho que ele está feliz. Eu estou feliz!
Ao final do jogo, confesso que me emocionei sem o menor constrangimento, a ponto da lágrima não se contentar com a borda da pálpebra.

Um comentário:

Dunha Freitas disse...

Como dizia a velha máxima: "O bom filho a casa torna".

Abraço pedrão, precisamos ir assistir um jogo do santos juntos esse ano!!!

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