segunda-feira, junho 16, 2014

Estrela solitária


Não, não é aquela do distintivo do Botafogo; o time carioca tem muitas glórias. Também não é o planeta Vênus, que nem é estrela e nem brilha sozinha por muito tempo. A estrela solitária é Cristiano Ronaldo, para muitos o melhor jogador do mundo.
Quando atua na seleção de seus país, Cristiano deixa de ser craque. Torna-se um jogador desesperado, desanimado, triste de ver ao seu redor jogadores tão abaixo de seus colegas de clube. Falta empenho, falta ímpeto, falta mesmo, eu diria, amor ao seu país. Cristiano Ronaldo sempre deixa a impressão de que o importante não é defender as cores de Portugal, e sim que ele brilhe, que tenha espaço para demonstrar todo seu inegável talento. E todo mundo sabe que Copa do Mudo não é isso.
Em uma Copa, conta muito o senso de coletividade, um certo apego pátrio, que Cristiano Ronaldo parece não ter. Pior que ele faz o zagueiro equino Pepe. Este, sem apego a Portugal, o brasileiro naturalizado preocupa-se muito mais em demonstrar ao mundo inteiro que é "cabra macho" do que em defender as cores lusitanas. Foi expulso em uma jogada simples, por ter agredido covardemente o adversário com um tapa e, posteriormente, com uma chifrada. Penso que os africanos, ou descendentes de africanos, também não conseguem, por razões óbvias, defender Portugal com aquele senso de coletividade; talvez, interesse mais a eles estar em uma Copa do Mundo do que ver seu próprio time conquistando uma posição de destaque. Portugal carece da globalização e de sua colonização covarde.
Voltemos ao craque Cristiano Ronaldo. Sua postura em campo parece a de um rei em busca de súditos. CR7 é o típico rei menos o reino. Para ele, a seleção que defende não passa de um detalhe, de um grupo formado ao acaso, estruturado para que ele brilhe. Se os demais jogadores não brilham colocando a bola no pé de Cristiano Ronaldo, não servem. É por isso que Cristiano Ronaldo ainda é um excelente jogador… de clubes. Suas atuações de gala na repescagem para a Copa do Mundo não desmentem essa afirmação. Contra a Suécia de outro craque egocêntrico, Ibrahimovic, a disputa foi justamente entre egos, não entre seleções, e o português levou a melhor, por ser o melhor do momento.
Ronaldo não marca, não compõe a defesa, não está n aí para o que acontece no jogo enquanto a bola não chegar aos seus pés. A seleção portuguesa, entre mediana e ruim, não está à altura de seu principal craque e não joga mais motivada por tê-lo no time, exatamente o contrário do que ocorre com a Costa do Marfim em relação a Drogba. Os marfinenses eram um time encaixotado sem o craque africano em campo, e outro, muito melhor, após sua entrada no jogo. Drogba se integra e entrega ao time; Ronaldo, só sabe brilhar sozinho.
Os marfinenses, limitados, podem chegar a algum lugar especial na Copa; Cristiano Ronaldo, preocupado em ser o craque da Copa, tem grandes chances de ir pra casa na primeira leva de derrotados.

Enquanto isso, a seleção alemã segue tranquila, dominando a bola, jogando bonito e fazendo muitos gols. Com muitos jogadores excelentes e apurado senso de grupo, mais uma vez, é candidata ao título.

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